Entenda a evolução do mercado financeiro do Brasil e as oportunidades existentes!

O mercado financeiro do Brasil vivenciou avanços expressivos ao longo das décadas. Tanto pelo surgimento de novas oportunidades de investimento quanto pelo desenvolvimento tecnológico, esse ambiente se tornou mais democrático e seguro para os investidores.

As mudanças foram necessárias para atualizar regulamentações, facilitar a entrada de novos investidores e agentes financeiros e contribuir para o desenvolvimento do mercado. Esse progresso também se traduz em mais possibilidades para incluir na sua estratégia de investimentos.

Neste artigo, você entenderá melhor a evolução do mercado financeiro do Brasil e quais são as oportunidades existentes. Confira!

Quais foram as evoluções do mercado financeiro do Brasil?

Como visto, o mercado financeiro nacional passou por mudanças e modernizações importantes. Descubra quais são os principais destaques das últimas décadas!

Avanço da tecnologia no mercado financeiro

A tecnologia trouxe grandes avanços para o mercado financeiro e a sociedade como um todo. Por exemplo, o surgimento das fintechs facilitou o acesso dos brasileiros a diversos serviços do setor, desde soluções de crédito até investimentos.

Você não precisa mais se dirigir até uma agência ou contar com o suporte de um gerente de conta para realizar diversas operações. Inclusive, a bolsa de valores brasileira, a B3, funciona com um pregão totalmente digital.

Os investidores podem acessar o home broker diretamente do aplicativo da instituição financeira para fazer diferentes transações na bolsa. Também é possível investir em alternativas de renda fixa, comprar cotas de fundos de investimento etc. — tudo online. 

A tecnologia ainda mudou o mercado a partir da tokenização. Usar criptografia e redes blockchain permite fracionar ativos como imóveis, obras de arte e royalties para facilitar o investimento, por exemplo. 

Entrada de novos investidores

O mercado também se alterou com a entrada de novos investidores. De acordo com dados da B3, o número de pessoas físicas investindo cresceu mais de 80% entre 2020 e maio de 2024.

No período, havia perto de 16 milhões de brasileiros na renda fixa e 5 milhões na renda variável. Entretanto, tendo em vista que o país conta com mais de 200 milhões de habitantes, conforme o Censo de 2022, a margem de crescimento do mercado ainda é significativa. 

Criação de novas alternativas de investimento

Outro destaque desse ambiente é o surgimento de novas oportunidades de investimento. O mercado de criptoativos está entre os principais exemplos. Desde o desenvolvimento da tecnologia blockchain e a criação do bitcoin, mais possibilidades foram criadas para os investidores.

Como visto, também há o elemento da tokenização. Por meio dela, outros ativos alternativos surgiram para compor estratégias de investimento e contribuir para a diversificação da carteira de investidores com os mais diversos perfis e objetivos. 

Também é possível destacar:

• fundos de investimento em cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros): veículos coletivos ligados ao agronegócio brasileiro, investindo em títulos do segmento, empresas e imóveis;
• certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio (CRIs e CRAs): títulos de crédito privado de renda fixa lastreados em operações de securitização nesses dois setores, respectivamente;
• investimentos coletivos: produtos criados a partir da tokenização de ativos, permitindo que o público invista em imóveis e outros tipos de bens;
• fundos de crédito privado: fundos que montam o portfólio, principalmente, com direitos creditórios securitizados. 

Além disso, diversos outros mercados se expandiram com a criação de novas oportunidades — como fundos com estratégias diferentes. Como resultado, o movimento amplia o leque de possibilidades para os investidores. 

Desenvolvimento de setores-chave da economia 

O mercado de capitais não gera oportunidades somente para os investidores. Ele também pode ser um ambiente estratégico para o desenvolvimento de setores-chave da economia e o planejamento financeiro de empresas. 

Para entender melhor, considere o caso dos Fiagros, que você viu. Esses fundos de investimento foram criados para favorecer a injeção de capital em alternativas ligadas ao agronegócio — área responsável por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024. 

Já para as empresas do setor, essa é uma possibilidade para facilitar o levantamento de recursos além do mercado de crédito convencional. Em muitos casos, a alternativa pode ser mais vantajosa para o planejamento estratégico dos negócios.

Em conjunto com o agronegócio, a área de imóveis e o setor de infraestrutura se beneficiam da evolução do mercado financeiro do Brasil. Por exemplo, empresas privadas podem emitir debêntures para levantar recursos via mercado de capitais. 

Quando elas são ligadas a projetos de infraestrutura, há isenção de Imposto de Renda (IR) sobre os lucros para os investidores pessoas físicas. Assim, as companhias levantam os recursos necessários e despertam o interesse do mercado financeiro. 

Atenção para a sustentabilidade

A sustentabilidade também esteve em foco em muitos setores no mercado financeiro. Fatores como mudanças climáticas, transição energética e economia circular são considerados por parte dos investidores e empresas.

Um dos destaques foi a agenda ESG — sigla em inglês para meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa. Ela se baseia em um conjunto de boas práticas nessas três áreas por parte das empresas.

Ainda, houve a criação de novos índices financeiros com esse foco. No Brasil, os principais exemplos são Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), Índice Carbono Eficiente (ICO2) e Índice de Diversidade (IDIVERSA).

Por que essas evoluções são importantes?

Essas e outras evoluções foram importantes para garantir o crescimento do mercado financeiro do Brasil. Por exemplo, com soluções para captação de recursos no mercado de capitais, o setor privado ou público não depende apenas das linhas de crédito tradicionais.

Para os investidores, há o benefício da democratização do mercado de investimentos. Novas plataformas digitais e alternativas mais sofisticadas permitem que mais pessoas invistam e rentabilizem seu dinheiro — nem sempre precisando de grande volume financeiro. 

Também há o fator da segurança institucional. As regulações mais recentes são pensadas para gerar transparência para todos os agentes do mercado financeiro, contribuindo para tornar o ambiente mais protegido.

É por meio dessas evoluções que novas oportunidades surgem, como você viu. A Octante, por exemplo, foi responsável pela primeira oferta pública de um CRA no Brasil. Desde então, esse mercado se expandiu.

Nesta leitura, você entendeu mais sobre a evolução do mercado financeiro do Brasil e em quais áreas as mudanças são mais perceptíveis. Como ficou claro, as inovações foram responsáveis por gerar mais segurança institucional e criar oportunidades de investimento. 

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