Investidor qualificado: 5 investimentos que podem compor sua carteira

Você sabia que o investidor qualificado pode acessar oportunidades de investimento exclusivas? Conheça 5 exemplos para incluir na carteira!

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), reguladora do mercado de investimentos no Brasil, tem classificações para os investidores. Entre elas, uma que costuma chamar a atenção do público é a de investidor qualificado.

Quem integra essa categoria usufrui de certas vantagens, como acessar investimentos indisponíveis para o grande público — os investidores de varejo. Desse modo, há alternativas que podem ser consideradas para a diversificação da sua carteira.

Neste conteúdo, você verá o que é um investidor qualificado e como é possível se tornar um, além de conhecer 5 exemplos de investimentos que podem compor a carteira. Continue a leitura!

O que é um investidor qualificado?

A CVM categoriza os investidores brasileiros em três grupos: profissionais, qualificados e de varejo. O objetivo é segmentar quem consegue acessar determinados investimentos.

Desse modo, a divisão facilita o acesso a alternativas sofisticadas para o público com mais conhecimento de mercado. As categorias também protegem os investidores de varejo de ativos que podem ser vistos como mais complexos. 

Para a CVM, o investidor qualificado é uma pessoa física ou jurídica com, pelo menos, R$ 1 milhão de patrimônio investido. Ele também precisa ter assinado o Termo de Investidor Qualificado junto à entidade para atestar a sua condição no mercado.

Outra possibilidade de se tornar um investidor qualificado é comprovar conhecimentos técnicos sobre o mercado financeiro. A CVM reconhece determinadas certificações de entidades como a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) com esse objetivo.

Já os investidores profissionais devem alcançar o montante de R$ 10 milhões para estar nessa categoria. A CVM também coloca nessa classificação fundos de investimento e instituições bancárias autorizadas pelo Banco Central, entre outros. 

Quais são as vantagens de se tornar um investidor qualificado? 

Tornar-se um investidor qualificado proporciona diversas vantagens para o seu planejamento financeiro e sua estratégia de investimentos. A principal delas é acessar ativos que não estão disponíveis para o público geral, como você viu. 

Essas possibilidades podem fazer sentido pensando em ampliar o potencial de retornos da carteira. Por exemplo, determinados fundos restritos costumam adotar estratégias arrojadas para buscar ganhos mais expressivos para os cotistas. 

Também há benefícios operacionais. Como os investidores qualificados tendem a movimentar quantias financeiras elevadas, eles têm a chance de encontrar taxas administrativas mais interessantes nas instituições financeiras. 

Quais investimentos podem compor a carteira? Veja 5 alternativas! 

Além das alternativas mais tradicionais do mercado, há investimentos que podem ser adequados aos objetivos de um investidor qualificado. 

Confira 5 possibilidades para compor sua carteira!

1. FIDCs 

Os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) são veículos financeiros coletivos que concentram sua estratégia em direitos creditórios, como o nome adianta. Eles representam promessas de pagamento futuro que passaram por um processo de securitização.

Por exemplo, uma empresa que fez diversas vendas no crédito tem a opção de buscar soluções como a antecipação de recebíveis para ter capital de giro. Com a securitização, o empreendimento recebe o dinheiro mais cedo e os direitos creditórios podem compor a carteira de um FIDC.

Além de vendas no crédito, outros exemplos de recebíveis antecipáveis são cheques e duplicatas. Para o investidor, a vantagem é a possibilidade de obter rendimentos que costumam superar alternativas tradicionais de renda fixa, como as indexadas no Certificado de Depósito Interbancário (CDI). 

2. Fiagros

Outro exemplo de veículo financeiro coletivo são os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros). Eles são ligados ao agronegócio brasileiro, um dos setores mais relevantes para a economia nacional. 

Os Fiagros podem compor a carteira com ativos como:

  • direitos creditórios ligados ao agronegócio;
  • imóveis rurais, como fazendas, propriedades produtoras, armazéns etc.;
  • participações em empresas de capital fechado do agronegócio brasileiro.

Esses fundos de investimento se caracterizam pela praticidade que oferecem ao investidor. Afinal, por meio deles, é possível investir na área responsável por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 — sem comprar terras ou operar na produção. 

3. FIPs

Também existem os fundos de investimento em participações (FIPs), voltados ao mercado de private equity — ou capital privado, em tradução livre. Há estudos que avaliam a possibilidade de liberar a alternativa para investidores de varejo.

Porém, até março de 2025, os FIPs estavam disponíveis somente aos investidores qualificados. Esses veículos financeiros costumam concentrar os investimentos em empresas não listadas na bolsa de valores. 

Além disso, a depender da estratégia do FIP, a gestão pode ter participação ativa na administração dos negócios, buscando potencializar o retorno dos investidores.

Os fundos de investimento em participações conseguem operar com as mais diversas estratégias. Por exemplo, há aqueles do tipo capital semente, que focam em empresas em fase de desenvolvimento — como startups.

Também há os FIPs de infraestrutura que, como o nome indica, investem em negócios de setores-chave para a economia, como transporte e energia. O investimento em empresas de capital fechado costuma chamar atenção pelo maior potencial de retorno, acompanhado pelo nível de risco mais alto. 

4. CRIs e CRAs

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs) são títulos de crédito privado criados a partir de processos de securitização. Eles são similares entre si, diferenciando-se apenas pelo mercado no qual estão lastreados.

Enquanto os CRIs são ligados a direitos creditórios do mercado de imóveis, os CRAs são do agronegócio. Apesar de existirem certas possibilidades disponíveis para o investidor de varejo, há determinados títulos exclusivos para investidores qualificados e profissionais.

CRIs e CRAs costumam ter potencial de retorno mais alto que outros títulos de renda fixa. Eles também são isentos de Imposto de Renda (IR) sobre os lucros para pessoas físicas. Porém, não há cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). 

5. Debêntures incentivadas

A quinta possibilidade para investidores qualificados são as debêntures incentivadas. Elas são títulos de renda fixa emitidos por empresas como instrumentos para captação de recursos. Para serem incentivadas, elas precisam ser ligadas a projetos de infraestrutura.

Além do maior potencial de retorno que demais alternativas da classe, elas são isentas de IR sobre os lucros para pessoas físicas, como os CRIs e CRAs, e também não há cobertura do FGC. Outro ponto de semelhança é que algumas dessas debêntures estão disponíveis para o público de varejo.

Tornar-se um investidor qualificado pode ser interessante se você tem o objetivo de ampliar seu potencial de retornos no mercado e diversificar a carteira com alternativas exclusivas. Considere essas 5 possibilidades ao compor o seu portfólio.

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Data

28 May 2025

Categoria

Asset Management