Muitas pessoas que investem em ações usam a análise fundamentalista para orientar as suas escolhas. A razão é que ela permite se aprofundar nos fundamentos de uma empresa e, assim, decidir se o investimento nela faz sentido.
Mas você sabe se a abordagem vale a pena nos fundos de investimento? Essa é uma dúvida comum para quem está em busca de estratégias para conseguir escolher os veículos financeiros mais adequados para o seu portfólio.
Se você quer saber se vale a pena usar a análise fundamentalista ao investir em fundos, prossiga com a leitura deste artigo!
O que é a análise fundamentalista?
A análise fundamentalista é uma metodologia utilizada para avaliar ativos financeiros com base em seus fundamentos econômicos. Como você viu, o seu uso é comum entre investidores de ações na hora de compor ou remanejar uma carteira de investimentos.
Por meio dela, há como identificar fatores importantes sobre o negócio, como sua saúde financeira, qualidade da gestão, resultados apresentados e análise de balanços. Essa avaliação permite que o investidor tome decisões mais embasadas.
Apesar de a análise fundamentalista ter uso predominante no momento de investir em ações, ela também pode ser aplicada para a avaliação de fundos de investimento. Quando implementada nesse contexto, a avaliação ajuda a compreender a qualidade e a consistência do veículo financeiro ao longo do tempo.
A partir da análise, é possível conferir a composição da carteira do fundo e a qualidade desses ativos. Isso significa analisar os ativos em que o fundo investe, o setor de atuação, a economia como um todo e os riscos associados.
Além disso, podem ser estudados aspectos como a estratégia do gestor, a política de alocação de recursos e o histórico de desempenho. Portanto, são considerados tanto os ativos subjacentes quanto a capacidade do gestor de tomar boas decisões.
Como essa análise influencia a estratégia e os resultados do fundo?
Sabendo que a análise fundamentalista também pode ser usada na avaliação de fundos de investimento, vale conferir como ela influencia a estratégia e os seus resultados. Em geral, a carteira desse tipo de veículo financeiro é montada por um gestor profissional.
Assim, ele usa seu conhecimento e experiência para investir estrategicamente, visando apresentar os resultados traçados no regulamento do fundo. O desempenho a longo prazo do veículo financeiro depende diretamente da qualidade dos ativos que o compõem.
Logo, o gestor também se vale da análise fundamentalista para selecionar os investimentos mais apropriados para a construção e o rebalanceamento do portfólio do fundo ao longo do tempo. Mas a característica não afasta a possibilidade de o investidor fazer essa análise ao investir na alternativa.
Vale a pena usar a análise fundamentalista em fundos?
Para entender se a adoção da análise fundamentalista para avaliar fundos de investimento vale a pena, é preciso conhecer as suas vantagens. O seu uso é especialmente relevante para investidores que desejam entender com profundidade os ativos para os quais direcionam seus recursos.
Confira os principais benefícios de adotar a abordagem!
Maior transparência
A análise fundamentalista permite que os investidores compreendam melhor os fatores que influenciam o desempenho do fundo. Isso inclui a qualidade dos ativos em sua carteira, o tipo de gestão e as estratégias de investimento empregadas.
Mitigação de riscos
Identificar ativos de baixa qualidade ou fundos com estratégias inconsistentes pode reduzir a exposição a riscos desnecessários. Por exemplo, fundos que investem em um único ativo costumam ser mais vulneráveis a perdas do que aqueles com portfólios diversificados.
Alinhamento ao seu perfil
Outra vantagem de usar a análise fundamentalista em fundos é que ela permite verificar se o seu nível de risco é compatível com o perfil de investidor. A medida contribui para que você invista apenas em alternativas que estejam adequadas à sua tolerância aos riscos.
Embasamento para decisões
Basear as escolhas de investimento em fundamentos sólidos ajuda a evitar decisões impulsivas, que podem ser influenciadas por oscilações de curto prazo. Esse cuidado favorece a busca pelo crescimento patrimonial ao longo do tempo.
Quais são as limitações da análise fundamentalista nos fundos?
Apesar dos diversos benefícios que você viu, a análise fundamentalista tem suas limitações quando aplicada a fundos de investimento. Esse fator também deve ser considerado para que você possa refinar as suas decisões no mercado e evitar erros ao investir em fundos.
Algumas das principais limitações incluem:
- dificuldade em avaliar a atuação do gestor: o desempenho passado de um fundo não garante bons resultados futuros, prejudicando a análise do trabalho do gestor;
- influência de fatores externos: eventos macroeconômicos imprevistos podem impactar os ativos do fundo, independentemente da qualidade dos fundamentos analisados;
- complexidade da análise: a análise fundamentalista exige um conhecimento aprofundado sobre o mercado e seus indicadores, sendo trabalhosa para investidores menos experientes;
- movimentações do mercado: o mercado financeiro passa por mudanças constantes — e não as acompanhar pode prejudicar as suas análises.
Essas limitações mostram que, embora a análise fundamentalista seja um instrumento valioso, ela não deve ser utilizada isoladamente na avaliação de fundos. Um estudo completo demanda a consideração de outras métricas e perspectivas complementares.
Que abordagem pode ser combinada com essa análise?
Você viu que, para obter uma visão mais ampla sobre os fundos de investimento, é válido combinar a análise fundamentalista com outras metodologias. Uma das principais abordagens nesse sentido é a análise quantitativa.
Ela utiliza modelos estatísticos e algoritmos para avaliar tendências e padrões no mercado. A conjunção dessas técnicas permite identificar oportunidades ocultas, pois a análise quantitativa pode revelar padrões que a análise fundamentalista não captaria isoladamente.
Ademais, ela ajuda a reduzir vieses subjetivos, já que o uso de dados numéricos diminui a influência de percepções individuais na tomada de decisão. A abordagem também otimiza a diversificação da carteira, já que modelos quantitativos colaboram para estruturar portfólios mais eficientes na busca pelo equilíbrio entre risco e retorno.
Muitos fundos de investimento modernos adotam uma abordagem híbrida, utilizando tanto a análise fundamentalista quanto a quantitativa para otimizar seus resultados. É o caso dos fundos de crédito privado geridos pela Octante, por exemplo:
- Octante CP FIC FIM IE;
- Octante CP II FIC FIM IE.
Ambos contam com uma abordagem que envolve a avaliação detalhada dos ativos subjacentes, considerando fatores financeiros, estratégicos e macroeconômicos. Além disso, são usados modelos quantitativos para identificar tendências e otimizar a composição dos portfólios.
Como você aprendeu, a análise fundamentalista é uma ferramenta útil para avaliar fundos de investimento. Porém, a abordagem apresenta limitações e deve ser complementada com outras metodologias para obter uma visão mais ampla do mercado.
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