Risco de investimento: como gestores de fundos o administram no longo prazo?

Investir em fundos é uma maneira prática de participar do mercado. Mas você sabe como os gestores administram o risco de investimento no longo prazo? Veja!

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Quem investe em fundos de investimento se expõe ao risco de um portfólio montado por uma gestão profissional. Afinal, nessas alternativas, tanto a escolha quanto o acompanhamento e rebalanceamento da carteira do veículo financeiro ficam sob a responsabilidade do gestor.

Com isso, a dúvida que pode surgir é: como os gestores de fundos administram o risco de investimento no longo prazo? Em geral, eles utilizam uma série de estratégias buscando mitigar ameaças, equilibrar retornos e proteger o capital dos investidores.

Se você pretende investir em um fundo, é importante compreender como os gestores conseguem administrar o risco de investimento no longo prazo. Confira como isso é feito!

O que é o risco de investimento?

O risco de investimento representa a possibilidade de o resultado de uma alternativa ser diferente do esperado, incluindo a possibilidade de perder parte ou todo o capital exposto. Destaca-se que, no mercado financeiro, não há investimento integralmente livre de risco.

Assim, mesmo aplicações consideradas seguras, a exemplo da poupança, possuem riscos — como o de o banco falir e não conseguir restituir todo o capital alocado. Então, sempre que você for investir, é interessante avaliar os riscos aos quais a alternativa está exposta.

O objetivo é que você consiga decidir se faz sentido prosseguir com o investimento, apesar do risco existente, considerando seu perfil e objetivos. 

Confira os principais tipos de risco que podem estar presentes nos ativos disponíveis no mercado:

  • risco de mercado: relacionado às flutuações dos preços dos ativos no mercado financeiro. Seus efeitos tendem a ser diluídos em estratégias focadas no longo prazo;
  • risco de crédito: representa a chance de o emissor de um título não o pagar. Como a saúde financeira de uma empresa pode mudar com o passar do tempo, esse risco tende a aumentar em horizontes maiores;
  • risco de liquidez: é a dificuldade de converter um investimento em dinheiro disponível. No longo prazo, esse risco tende a ser maior, mas geralmente é compensado por rentabilidades superiores;
  • risco operacional: refere-se a falhas em processos internos ou sistemas e erros humanos.

Como os gestores administram esses riscos no longo prazo?

Para não ter que avaliar os riscos existentes em cada ativo de interesse, muitas pessoas preferem investir em fundos de investimento. Afinal, nessas alternativas, é o gestor que fica responsável por fazer essa leitura.

Como esse profissional possui habilitação e amplo conhecimento para operar no mercado, ele se vale de diversas estratégias para administrar os riscos existentes no mercado.

Confira exemplos das mais utilizadas!

Diversificação

A diversificação é uma das estratégias mais tradicionais para reduzir riscos em investimentos em diferentes prazos, inclusive o longo. O conceito é embasado na alocação de capital em diferentes classes de ativos, setores e regiões geográficas, por exemplo, para diminuir a exposição a somente um risco.

Assim, mesmo que uma alternativa não apresente o resultado desejado, o retorno de outra pode compensar seus prejuízos. A técnica é comum em fundos, embora seja possível encontrar alternativas com um único investimento, classe ou setor em carteira.

Seleção de ativos

Em um fundo de investimento, a seleção de ativos não é feita aleatoriamente. A escolha considera o nível de risco associado a cada alternativa e sua correlação com o restante da carteira, em busca dos resultados esperados.

Para isso, são realizadas análises aprofundadas sobre empresas, setores, cenários econômicos e oportunidades para entender seu potencial de crescimento no longo prazo. Um portfólio bem construído costuma combinar ativos com desempenhos complementares, reduzindo a exposição aos riscos ao longo do tempo.

Hedge

Outra estratégia amplamente utilizada pelos gestores de fundos para administrar riscos no longo prazo é o hedge. A tática consiste na utilização de instrumentos financeiros que visam proteger o portfólio contra perdas decorrentes de variações no mercado.

Os fundos podem usar derivativos, como opções e contratos futuros, para mitigar oscilações de preço em ações e moedas ou das taxas de juros. Por exemplo, um fundo que investe em papéis de empresas exportadoras tem a possibilidade de usar contratos futuros de dólar para reduzir o impacto de flutuações cambiais.

Análise de cenários econômicos

O mercado financeiro é cíclico, então a análise de cenários econômicos é um mecanismo essencial para mitigar riscos e adaptar estratégias conforme as mudanças ao longo do tempo. A abordagem envolve o monitoramento contínuo de indicadores macroeconômicos.

Alguns exemplos são:

  • curva de juros;
  • inflação; 
  • crescimento do PIB (Produto Interno Bruto);
  • políticas monetárias.

Além disso, os gestores avaliam fatores geopolíticos e mudanças regulatórias capazes de impactar os investimentos em diferentes prazos. A prática permite que o fundo se antecipe a crises e aproveite oportunidades estratégicas em cenários variados.

Rebalanceamento da carteira

O rebalanceamento da carteira é uma prática fundamental na gestão de fundos. Ele possibilita que a composição dos ativos do portfólio continue alinhada aos objetivos do investimento e ao perfil de risco estabelecido.

Com o passar do tempo, a valorização ou desvalorização de determinados ativos pode alterar a proporção da carteira, aumentando a exposição a certas ameaças. O rebalanceamento serve para corrigir essas distorções, realocando recursos entre os ativos conforme é necessário.

Gestão de liquidez

A liquidez é um aspecto importante na administração de um fundo, especialmente em períodos de incerteza econômica. A gestão eficiente desse fator contribui para o veículo financeiro honrar resgates solicitados pelos investidores, sem comprometer suas finanças ou a estratégia de longo prazo.

Fundos bem geridos costumam manter uma parcela dos ativos em investimentos líquidos, como títulos públicos, para cobrir saídas inesperadas. Além disso, dependendo da estratégia, eles evitam alocações excessivas em ativos de baixa liquidez, que podem ser difíceis de vender rapidamente.

Como investir em fundos de investimento?

Agora que você sabe que os gestores de fundos aplicam múltiplas estratégias para administrar o risco de investimento no longo prazo, falta aprender como investir neles. O primeiro passo nesse sentido é abrir conta em uma instituição financeira de sua confiança.

Elas são intermediárias necessárias para a compra e venda de cotas desses fundos. Também é importante considerar seu perfil de investidor e objetivos financeiros na hora de escolher esse tipo de alternativa para sua carteira de investimentos.

Dessa forma, você toma decisões alinhadas à sua tolerância aos riscos e capazes de entregar os resultados desejados. Assim, você aumenta suas chances de sucesso no mercado e reduz eventuais frustrações em sua jornada.

Neste conteúdo, você aprendeu o que é risco de investimento e como os gestores de fundos administram esse fator no longo prazo. As múltiplas estratégias adotadas por esses profissionais buscam elevar a proteção do capital alocado.

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Autor

Data

8 maio 2025

Categoria

Gestora